sábado, 21 de março de 2015

Enraizando as raizes

ESPECIAL SERTÃO ADENTRO # MERCADO ÉTICO É FINALISTA DO PRÊMIO DE JORNALISMO
O Especial Sertão Adentro, produzido pela jornalista Liliana Peixinho especialmente para o Mercado Ético, ganhou grande destaque entre os leitores do portal por retratar as mazelas enfrentadas pelos sertanejos durante a última seca.
A repórter se embrenhou em terras áridas, onde a água é pouca, mas a esperança é muita. Se acomodou nas casas de flagelados. Viu a morte de perto, mas também a alegria de um povo que, assim como o umbuzeiro (árvore típica do sertão famosa por sua resistência em ambientes secos), insiste em continuar firme e forte na terra em que nasceu.
É com alegria que recebemos a notícia de que esse trabalho está entre os finalistas do Prêmio Jornalista & Cia HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, na categoria webjornalismo.
Relembre o Especial Sertão Adentro nos links abaixo:
Indústria da seca, poder polítca e pobreza
http://mercadoetico.terra.com.br/…/industria-da-seca-poder…/
O Velho Chico: entre a revitalização e a transposição
http://mercadoetico.terra.com.br/…/o-velho-chico-entre-a-r…/
Umbuzeiro: símbolo de vida e resistência
http://mercadoetico.terra.com.br/…/umbuzeiro-simbolo-de-vi…/

Descaso, abandono e dor; como os nordestinos estão enfrentando a seca
MERCADOETICO.COM.BR

quinta-feira, 7 de março de 2013

Imagens da seca

Imagens da seca: Lavouras perdidas, rios secos e áreas desérticas. Mesmo diante das dificuldades, repórter registra a força do nordestino

sábado, 26 de janeiro de 2013

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8: OPINIÃO As vozes e a escuta Liliana Peixinho - jornalista e ativista ambiental Em meio a crises de desemprego, desarmonias familiar...

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8: OPINIÃO As vozes e a escuta Liliana Peixinho - jornalista e ativista ambiental Em meio a crises de desemprego, desarmonias familiar...

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8

Tribuna Espírita de Salvador: Número 22 - página 8: OPINIÃO As vozes e a escuta Liliana Peixinho - jornalista e ativista ambiental Em meio a crises de desemprego, desarmonias familiar...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

EMOCÃO DE TORCEDOR


        Liliana Peixinho *

Minha canequinha do Vitória

Enfrenta fila, espera um tempão no ponto pra pega buzú lotado, investe parte do suor sagrado para reafirmar a identidade de torcedor, na compra de  camisa, ingresso, meia, boné, churrasquinho de gato, cerveja, refrigerante, água, numa partida. Leva horas falando sobre um gol ou perda dele, com o amigo, o colega de trabalho, o desconhecido, manifestando emoções em correntes solidárias na dor ou alegria.

 O torcedor é uma entidade intrigante, como a alma humana. Olha pro close no rosto da moça bonita, do moço grisalho, da criança inocente, do jovem cheio de energia, flagrados em lentes abertas, nas arquibancadas, e observe a atenção, o olhar fixo no movimento em campo, e tente acompanhar as reações, depois de cada finalização. Muda tão rápido, entre a concentração e a explosão, como o próprio movimento em campo, sentido por canais abertos a adrenalinas. Não tem como não acreditar no choro da moça bonita da arquibancada; na declaração madura do perdedor disposto a começar tudo de novo. Na repetição, inocentemente convicta,  do nome do time, pela criança, referenciada no pai,  mãe,  vô,  tio, primo, amigo, vizinho, colega de escola, do trabalho.

Lembra, ou já esqueceu, do pênalti perdido pelo Neymar Filho, na famoso jogo número 1000 da Seleção brasileira, realizado recentemente nuns Estados Unidos pós fortes tempestades e campos engramados de última hora? O torcedor perduô? Oôôôô, o Brasil empatou! Esse grito não se ouve. Mas entre perder e empatar, num jogo massivamente marqueteado mundo afora como histórico, no futebol brasileiro, argumentos diversos alimentam a cultura dos 190 milhões de técnicos brasileiros. 190 milhões? Sim, entre padres, pastores, rabinos, mães e pais de santo, psicólogos e ateus. E não adianta fingir que não foi contaminado porque é feio mentir pra corações blindados à Razão! 

Comportamentos agressivos, de xingamentos, de objetivos muito imediatos, sem visão ampliadas das diversas emoções incorporados no torcedor, não consigo entender. Acho até compreensível que no campo da disputa, da rivalidade, pode-se conviver com o humor inteligente de brincadeiras sobre perdas de pontos, posições no quadro geral de classificação. Veja essa postada pelo professor e jornalista Wilson Bueno, torcedor fiel do Palmeiras. ”Malandro mesmo é o Palmeiras que nem esperou o domingo acabar e já passou pra segunda”.

De onde vem essa emoção? Quais as suas alianças, origens? Por que é tão gratuitamente intensa, verdadeira, apaixonada? De onde vem tanto acreditar? O time perde, perde, perde, seguidamente, e cada novo jogo do calendário, extenso e contínuo, vem como uma esperança de mudança, onde regras não definem resultados diante da imprevisível combinação de movimentos natural ou estrategicamente construídos durante o tempo regulamentado, mas soberano em resultados, inesperados. Lembro da fé nordestina, diante de seca, sedenta dágua, esperando, lua à lua, sol à sol, que a chuva caia. E quando vem forte, com enxurradas, trovoadas e relâmpagos, energizam resistências para o cultivo da Vida.

Liliana Peixinho * Torcedora do Vitória (BA), Fluminense (RJ) e Central (Caruaru -PE)